Cegueira, Educação e Artes Visuais: que produções de sentidos são Possíveis neste tensionamento ?
Resumo
Este artigo busca tecer discussões que tensionam duas instâncias na experiência educativa: a arte e a cegueira. Tem como propósito explorar o atravessamento de múltiplas vozes e o compartilhamento de experiências, lembrando que, neste diálogo, todos podem afetar e serem tocados, podem aprender e também ensinar. Dessa forma, buscando atender aos anseios desta investigação, optou-se pela perspectiva narrativa, presentificada na rede de afetos partilhadas e nas narrativas disparadas a partir do curta espanhol ‘Los colores de las flores’, assistido junto aos acadêmicos do Curso de Graduação à Distância de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As problematizações suscitadas a partir do cruzamento da imagem fílmica selecionada, das narrativas produzidas pelos acadêmicos envolvidos na investigação e dos conceitos dos teóricos convidados - Deleuze (1990, 2006), Deleuze e Guattari (1995a, 1995b, 2005, 2008), Kastrup e Moraes (2010) - agiram como vetor de ressonâncias, impulsionando a desnaturalização do que é dado como verdade, a abertura para insólitos fluxos de forças inventivas e a produção de outras construções de sentido.Referências
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Publicado
2016-12-19
Como Citar
DE OLIVEIRA, M.; CARDONETTI, V.; GARLET, F. Cegueira, Educação e Artes Visuais: que produções de sentidos são Possíveis neste tensionamento ?. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 11, n. 29, p. 40-58, 19 dez. 2016.
Seção
Artigos
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