Uma análise crítica sobre as políticas para a formação de professores a distância no Brasil
Resumo
Este trabalho discute as políticas educacionais no Brasil, relacionadas à Educação a Distância e a formação inicial de professores. Delinea-se um breve quadro político e econômico das reformas realizadas no Brasil nos últimos anos e busca-se expôr, realizando as devidas articulações do objeto, os elementos que expandiram a operacionalização dessa política nacionalmente a partir do ano de 1995 até o ano de 2007 e as razões desse significativo crescimento em cursos para formação desses profissionais, sobretudo da Educação Básica. Na sequência, examina-se a produção existente em torno da implantação da EAD em nosso país, e, para isso, foram selecionados autores conhecidos nacionalmente com pesquisas e opiniões distintas nesta área. Nesse caso, nossa intenção foi a de esboçar uma maior compreensão dos argumentos utilizados por aqueles que concordam com as políticas do governo e, simultaneamente, levantar as críticas a elas feitas por autores que são contra esse tipo de formação. Com base na análise realizada, chega-se às seguintes conclusões: primeiro, que por meio da EAD, o governo oferta uma formação rápida e com custos menores a grande número de professores no país que trabalham sem a habilitação exigida pela LDBEN 9394/96 (BRASIL, 1996). E em segundo, que pela EAD o governo alcança outro objetivo, o de ajustar o professor e seu processo formativo às demandas do atual estágio de reestruturação do capital, enfraquecendo a dimensão social e política de sua formação.Referências
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Publicado
2011-08-30
Como Citar
MALANCHEN, J. Uma análise crítica sobre as políticas para a formação de professores a distância no Brasil. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 6, n. 13, p. 69-96, 30 ago. 2011.
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