Remédiation et réénonciation: opérations et régimes de sens (Remediação e reenunciação: operações e regimes de sentido)

  • Marion Colas-Blaise
Palavras-chave: Remediação, Operações, Regimes de sentido, Imediaticidade/hiperimediaticidade, Metarrealismo.

Resumo

O presente artigo se propõe a desenvolver o conceito de remediação a partir do ponto de vista da semiótica greimasiana e pós-greimasiana. A semiótica da enunciação aborda a questão da (re)mediação sob a perspectiva de um tríplice ângulo: aquele da mediação “originária”, que corresponde à experiência que uma instância faz do mundo; o da mobilização de configurações significantes reunidas na práxis enunciativa; enfim, aquele dos elementos (re)mediadores implicados em uma dinâmica responsável pelo devir das semióticas-objetos. A reflexão desenvolve-se em três tempos. Em primeiro lugar, visamos a identificar as operações da remediação: a recontextualização (agir sobre o ambiente), a remediatização (mudar para outro meio), a reformatação (modificar o formato), a remedialização (transformar o meio) e a retexturização (intervir no nível das relações micro- e macrotextuais). Na sequência, exploramos os regimes da remediação: a hibridização, a bricolagem, a mestiçagem e a espetacularização, tomando nossos exemplos essencialmente do domínio do digital (a ópera filmada, o Google Arts&Culture Project, a Visual Aesthetics de Manovich, Living Mona Lisa). Por fim, a atenção concentra-se nas modalidades da recepção das semióticas-objetos remediadas: as noções de “imediaticidade” e “hiperimediaticidade”, no sentido em que as entendem Bolter e Grusin, são questionadas em relação com aquelas de imersão, de participação (cf. “cultura participativa” – Jenkins) e de tomada de distância reflexiva.

Publicado
2018-01-01