Remediação com purpurina: bricolagens tecnoestéticas no drag-artivismo de Gloria Groove

  • Rose Melo Rocha PPGCOM-ESPM; CLACSO
Palavras-chave: Gloria Groove, Drag-artivismo, Remediação, Tecnoestética, Pop pós-massivo.

Resumo

Discute-se neste artigo a audiovisibilidade midiática da cantora drag paulistana Gloria Groove, nome artístico de Daniel Garcia, como exemplo de remediação tecnoestética em contextos pós-massivos. A prática artivista e as estratégias mercadológicas de Groove expressam uma habilidade bricoladora, na qual a presença no mainstream ou a larga repercussão de seu trabalho e da midiatização de suas narrativas existenciais não exclui as potencialidades críticas materializadas na junção entre corporalidade drag (travestida) e corporalidade gay (desmontada). É assim constituída uma politicidade do entre(tenimento). 

Biografia do Autor

Rose Melo Rocha, PPGCOM-ESPM; CLACSO

Rosamaria Luiza (Rose) de Melo Rocha é doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP com pós-doutorado em Ciências Sociais/Antropologia na PUCSP. É professora titular e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM/SP, onde também atuou como Coordenadora (janeiro de 2011 a fevereiro de 2015). Tem experiência no estudo e no ensino da relação entre imagens e imaginários, da história da interface comunicação e consumo,dos processos de comunicação urbanos, das teorias da comunicação e da mídia. Dedica-se à investigação das práticas e culturas juvenis brasileiras, atualmente sob dois enfoques prioritários: 1) novas formas de ativismo, suas concepções de consumo, comunicação e mídia;2) processos de visibilidade e celebrização em contextos tecnológicos, urbanos, cosmopolíticos e midiáticos. Recebeu o Prêmio Intercom/1999, conferido à melhor tese de doutorado brasileira em comunicação defendida em 1998. Foi coordenadora do GP "Comunicação e Culturas Urbanas" da INTERCOM (2009-2013). É Coordenadora do GT "Comunicação, consumo e novos fluxos políticos: ativismos, cosmopolitismos, práticas contra-hegemônicas" do COMUNICON. Foi vice-coordenadora do GT "Imagem e imaginários midiáticos" da COMPÓS. Participa da rede de investigação do Grupo de Trabalho CLACSO Juventudes y infancias en América Latina. Foi editora da E-Compós de março de 2008 a março de 2011 (Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação). Tem livros publicados em co-autoria e diversos artigos em revistas acadêmicas, do Brasil e da América Latina, sobre os seguintes temas: estudos sobre juventude, ativismo, mídia e cidade; estética da violência; teorias da imagem; comunicação e consumo. Atua como consultora ad hoc de agências de fomento. 


Publicado
2018-01-01