Streaming para além do sexo

corpo como centralidade de produção de sentidos na plataforma OnlyFans

Resumo

Recentemente, pessoas anônimas e famosas têm ganhado milhares de dólares por mês na OnlyFans comercializando conteúdos sexuais e nudez. Essa emergência da plataforma, fundamentalmente após o surto da pandemia de covid-19, chama atenção pela centralidade que os corpos ganham nos mecanismos de comercialização e como se constroem para serem visíveis. Neste sentido, objetiva-se refletir como a OnlyFans altera lógicas do streaming para o consumo personalizado e como o corpo é central na produção de sentidos da plataforma. O artigo se desdobra em duas seções: (i) plataformização, vigilância e extimidade, a fim de entendermos como se entrelaçam por possibilidade de se exibir e faturar; (ii) corpos, nudezes e pedagogias que educam e constituem os usuários da plataforma. Espera-se ainda, que outras implicações para os estudos comunicacionais se desdobrem em análises a partir da OnlyFans.

Biografia do Autor

Maurício João Vieira Filho, Universidade Federal de Juiz de Fora/Doutorando

Doutorando no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCOM/UFJF). Atualmente, é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e, anteriormente, do Programa de Bolsas de Pós-graduação (PBPG/UFJF). Mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM/UFMG). Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Integra o grupo de pesquisa DIZ: Discursos e Estéticas da Diferença (UFV).

Ricardo Desidério, Universidade Estadual do Paraná

Professor Adjunto do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Desenvolvimento-PPGSeD da Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR. Líder do Grupo de Pesquisa em Educação e Diversidade - GPED/UNESPAR.

Publicado
2023-12-17