A morte no supermercado e o mercado de realidades nas telas: telejornalismo, racismo e direitos humanos no caso João de Freitas

  • Jemima Bispo de Jesus Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Jhonatan Alves Pereira Mata

Resumo

No dia 19 de novembro de 2020, às vésperas das comemorações do Dia da Consciência Negra no Brasil, João Alberto Freitas foi agredido e morto nas dependências do supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS). A morte de um brasileiro negro gerou uma onda de protestos nas ruas de todo o mundo, ganhando destaque nos principais telejornais do país. Nas telas, as notícias ratificavam os discursos da rua, sobretudo aqueles que apontavam para um crime racial.  A partir desse cenário, o objetivo do trabalho é analisar a cobertura realizada pelo Jornal Nacional (Rede Globo), buscando evidências, à luz da Análise da Materialidade Audiovisual, que nos possibilitem afirmar em que medida o telejornalismo cumpriu sua função de não apenas denunciar um suposto crime motivado por questão racial, mas propor caminhos para um conhecimento efetivo relacionado aos Direitos Humanos.

Publicado
2021-07-22