A morte no supermercado e o mercado de realidades nas telas: telejornalismo, racismo e direitos humanos no caso João de Freitas
Resumo
No dia 19 de novembro de 2020, às vésperas das comemorações do Dia da Consciência Negra no Brasil, João Alberto Freitas foi agredido e morto nas dependências do supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS). A morte de um brasileiro negro gerou uma onda de protestos nas ruas de todo o mundo, ganhando destaque nos principais telejornais do país. Nas telas, as notícias ratificavam os discursos da rua, sobretudo aqueles que apontavam para um crime racial. A partir desse cenário, o objetivo do trabalho é analisar a cobertura realizada pelo Jornal Nacional (Rede Globo), buscando evidências, à luz da Análise da Materialidade Audiovisual, que nos possibilitem afirmar em que medida o telejornalismo cumpriu sua função de não apenas denunciar um suposto crime motivado por questão racial, mas propor caminhos para um conhecimento efetivo relacionado aos Direitos Humanos.
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