TRATAMENTO DA ALOPECIA ANDROGENÉTICA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE PLASMA RICO EM PLAQUETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Luana Viera Furtado Universidade Tuiuti do Paraná
  • Robertson Torres Dutra Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Alopecia androgenética. Plasma rico em plaquetas. Fatores de crescimento. Tratamento capilar.

Resumo

A alopecia androgenética (AAG) trata-se do distúrbio capilar mais comum em ambos os sexos e apresenta maior prevalência com o avanço da idade. Seus tratamentos disponíveis atualmente são limitados, sendo importante a busca por novos métodos eficazes. A partir do conhecimento sobre a função secretora das plaquetas, surgem os estudos sobre as aplicações do plasma rico em plaquetas (PRP) na área da saúde como um biomaterial, rico em fatores de crescimento, capaz de induzir a regeneração tecidual através da proliferação e diferenciação celular. O presente trabalho possui o objetivo de esclarecer a fisiopatogenia da AAG e apresentar o PRP como uma alternativa terapêutica através de revisão de literatura com artigos científicos que relatem sua eficácia. A AAG é responsável por ocasionar um processo progressivo de miniaturização folicular através da alteração no ciclo de crescimento capilar. Sua ocorrência é influenciada pela ação de hormônios androgênicos, principalmente da di-hidrotestosterona (DHT), sobre receptores foliculares e pela ação de fatores genéticos de característica poligênica. O PRP é obtido do sangue do próprio paciente, por processo de centrifugação, e deve conter concentração elevada de plaquetas em relação aos seus níveis normais na circulação. A aplicação do PRP para o tratamento capilar pode ser realizado através de injeções intradérmicas ou subcutâneas nas áreas afetadas (técnica Nappage). Estudos recentes demonstraram resultados satisfatórios no crescimento, densidade e redução da queda capilar em homens e mulheres tratados com PRP. Análises in vitro e in vivo sobre os efeitos do PRP no tratamento capilar relataram a ação de fatores de crescimento, como o PDGF, o TGF-beta e o VEGF, além da ativação das vias de sinalização mediadas pelas quinases ERK e Akt, maior atividade das proteínas Bcl-2 e beta-catenina, e ação do FGF-7, que, em geral, estimularam o crescimento capilar e a sobrevivência de células foliculares. No entanto, a aplicação do PRP no tratamento da AAG necessita de maiores evidências científicas, sendo importante a ação do profissional Biomédico na realização de pesquisas mais aprofundadas que comprovem seus efeitos, e também através de sua especialização na área de estética atuando  em procedimentos injetáveis não invasivos.

Publicado
2019-10-01